Por vezes o pensamento é rápido e traiçoeiro, eu também caio na vivencia do faz rápido e do dá muito ou mais.
Ter ou fazer mais consultas… é um tema que me assola.
Cada consulta tem o seu tempo e acresce o tempo de preparação do plano. É o meu método de trabalho com o qual me sinto feliz e grata.
Sei que o faço acima de tudo por mim, para dar o melhor de mim e em prole do outro. Sempre que faço o plano revejo as notas, acrescento detalhes, visualizo novamente toda a consulta e executo as ferramentas.
Hoje recebi em consulta um paciente que já não via há 2 anos. Veio (só) para me cumprimentar e para me agradecer, disse-me que na altura o que falamos e o plano que delineamos foi intenso, mas não ficou esquecido e que ainda hoje o relê, utiliza e lhe faz sentido.
Já fez um caminho e a vida deu-lhe respostas, já consegue dissociar-se e perceber a causa dos desequilíbrios.
Reavaliamos o seu plano e o seu processo de vida, estabelecemos uma nova linha de ação. Vive noutro País bem longe, mas diz que me leva com ele e eu garantidamente fico com um pouco dele.
Afinal ajudou-me a responder ao que me assolava, não interessa a quantidade de consultas, interessa-me a diferença que faço na vida de cada um.
Sinto-me muito grata. Grata a si que está nesse país longínquo, mas que me trouxe uma mensagem tão forte e intensa, lembrei-me logo do efeito borboleta*.
*Teoria do caos – O bater de asas de uma borboleta pode provocar um tufão no outro lado do mundo.