𝐸𝑚 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎 𝑐𝑜𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑒𝑛𝑖𝑛𝑎 𝑑𝑒 8 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑛𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑜𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑠𝑢𝑟𝑔𝑒 𝑜 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑖𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑖𝑎́𝑙𝑜𝑔𝑜.

Menina: Esta vida é lixada, trabalhamos na escola, trabalhamos em casa, trabalhamos, trabalhamos, trabalhamos. Quando é que isto vai parar…?​🥴​

Eu: sorrio, digo-lhe podes abrandar o ritmo nas férias. Tu tens férias não tens?
Ela: Sim, tenho. (não muito convencida). Sabe o meu coração às vezes grita por socorro, sinto-me num poço. Só tenho vontade de fugir, a minha mãe diz que é ansiedade, o meu pai diz que é a ansiedade da minha mãe, o meu irmão mais velho diz-me que sou tonta e o mais novo dá-me um abraço e quer que eu vá brincar com ele.

Eu: (perplexa com a mensagem) eu percebo-te tão bem. O meu coração às vezes também fica apertado, sabes o que faço?
Ela: NÃO, diga-me (com expressão teatral).
Eu: (sorrio). Não conheço xaropes e comprimidos para a alma!
Ela: sorri e acena que também não conhece.
Eu: mas conheço uma atividade excelente. Lápis de cor e desenhos (mandalas).

Sabes o que são?
Ela: Não (desconfiada)🤨​. Isso resulta? Tira o coração do poço?
Eu: Experimenta tenho aqui alguns, vou dar-te. Faz em casa e depois diz-me se resultou contigo. Comigo resulta, se quiseres podes também dar à mãe para fazer sozinha ou contigo. Na próxima consulta traz alguns para eu ver.
Ela: Gosto de estar aqui a conversar, já sinto o coração 🫀​ menos no fundo do poço.
Eu: Agora vamos fazer o exercício da respiração👃🏻​.
Ela: (já conhece o exercício) acho que o coração vai brilhar.💓